Crédito rotativo: bons motivos para não optar por ele

Crédito rotativo: bons motivos para não optar por ele

Muitos bancos expõem o funcionamento do crédito rotativo como algo mais flexível para administrar as despesas, programando o financiamento da fatura do cartão de crédito e tendo a escolha entre pagar taxas mínimas ou saldos restantes - automaticamente financiados e lançados para o mês seguinte.

Sobre isso, é fundamental conhecer o funcionamento desse modelo de crédito e ficar atento(a) aos detalhes que podem interferir na gestão das finanças pessoais.

O que é?

O crédito rotativo funciona de forma emergencial. Esse modelo de crédito pode ser utilizado de acordo com as necessidades de quem o aderiu, mas, na maioria das vezes, é usado para solucionar imprevistos financeiros. Ou seja: efetuar o pagamento de contas com prazos estourados, como o cartão de crédito. Nesse ponto, o crédito rotativo se parece muito com o cheque especial - cada vez menos usado e também buscado.

O que poucas pessoas sabem, quando aderem ao crédito rotativo, é que as taxas de juros são altíssimas e a dívida, que aparentemente seria solucionada, tende a dobrar com muita facilidade. Isso torna a alternativa de pagar o mínimo da fatura algo tão perigoso quanto a própria dívida por não pagamento.

Outro ponto importante, no que tange à organização financeira, é que financiamentos automáticos podem tornar a conta corrente desfalcada, pois a retirada de saldo para pagar os financiamentos é pré-estabelecida na contratação do serviço, isso pode gerar uma séria desordem nas finanças. Levando isso em conta é possível saber que: optar pelo crédito rotativo, pensando em valores, pode se igualar ao peso das multas por não pagamento do cartão - que também pode resultar no bloqueio e cancelamento do mesmo. O não pagamento das dívidas geradas pelo cartão de crédito também pode resultar no registro do nome do titular no SPC, ou seja: o nome fica “sujo”, impossibilitando novas compras e pedidos de financiamento, até que a conta seja paga.

Portanto, vale ressaltar a importância de conhecer o funcionamento do crédito escolhido. Nisso também se inclui a contínua avaliação das finanças pessoais e da necessidade de mantê-las controladas.

Um ponto muito importante

Esse aconselhamento, acerca do controle das finanças pessoais, se torna ainda mais pertinente quando observamos o cenário econômico atual, do Brasil. A crise econômica atingiu - e permanece atingindo - empresas e cidadãos com a disparada do desemprego e da inflação, tornando o controle financeiro ainda mais necessário e também difícil. Segundo o Banco Central, o índice de inadimplência, considerando os atrasos acima de 90 dias, chegou a 38,9%, um dado preocupante. Logo, é possível entender que o papel da sociedade na crise economia vai além da reorganização, mas tange também à conscientização e mudança de hábitos.

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